A Morte de Eurípedes(Sketch LXXI)

 A Morte de Eurípedes






A cena se passa em Pela, no ano de 406 A.C.





Cena Única




Uma praia em Pela, na Macedêonia. Eurípedes e um homem chamado Téofilo conversam caminhando na praia.




Téofilo- Mestre, você não vai voltar para Atenas?


Eurípedes- Não, eu gosto mais do clima da Macedônia. E também estou velho demais para viagens.



Téofilo- O povo de Atenas não o soube valorizar, meu querido Eurípedes.



Eurípedes- Os atenienses são muito tradicionalistas. Eles não aceitam alguém que foge totalmente dos padrões que eles estão acostumados.



Téofilo- Mesmo assim é uma cidade belíssima, não?




Eurípedes- Bela, mas vazia. Eu não sinto a menor falta de Atenas.



Téofilo- Eu sinto. Se pudesse voltaria para lá, mas estou no ostracismo.




Eurípedes- Você não perde nada estando longe de Atenas.



Teófilo- Estar longe da pátria amada é sempre penoso, caro mestre.




Eurípedes- Muitas vezes, meu caro Teófilo, nós precisamos nos afastar de nossa pátria para que possamos aprender algo útil e de valor para a nossa alma.



Teófilo- Tem razão, mestre.



Eurípedes- Sinto que minha morte está próxima, Teófilo.



Teófilo(alarmado)- Mestre, não diga isso! Você ainda vai viver mais alguns anos.



Eurípedes- Não, eu sei que vou morrer logo. Talvez até hoje.




Entra em cena um homem com cachorros. Ele vai falar com eurípedes, mas os cachorros começam a atacar Eurípedes que grita de dor. Teófilo tenta separar os cachorros, mas não consegue. Eurípedes morre  pelos mastins. o homem que estava com os cachorros sai de cena. Teófilo fica chorando pelo corpo morto de Eurípedes. Ouvimos o barulho das ondas do mar e o pano desce rapidamente.




Fim


Comentários